quinta-feira, 3 de novembro de 2016

A Feira de Itabaiana XIII - A Feira das roupas e dos tecidos

Eram duas filas de bancas dentro da feira, mas verdadeiras lojas equipadas com balcões, algumas tinham prateleiras na parte dos fundos (algumas tinhas ao lado) iguais as que existiam nas lojas (ainda existem em algumas lojas). As roupas e os tecidos eram de boa qualidade e na grande maioria vindas de fábricas do sudeste do país.

A grande maioria da bancas vendia roupas masculinas que eram dobradas, separadas por números e acondicionadas nas estantes e igualmente arrumadas nas estantes eram as peças de panos (rolos de panos). Muitas vezes ouvi as pessoas perguntarem pelo preço do tergal. As peças de roupas eram vendidas no metro e eram utilizadas trenas métricas (na maioria das vezes madeira) e, como não poderia deixar de ser, sempre exista a figura da tesoura.

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As bancas de venda de roupas (calças e camisas) e tecidos tinhas a arrumação e instantes iguas a da fotografia.


Nesta época a venda de roupas e tecidos na feira era de uma aceitação tão grande que muitos lojistas também tinham suas bancas nas feiras e não vendiam somente na Feira de Itabaiana.

Os produtos eram na maioria das vezes com preços mais convidativos que os vendidos nas lojas e se comprava produtos com qualidades e tipos de tecidos diferentes. Nesta época surgiram as famosas calças Jeans e se vendia mais dessas calças na feira que nas lojas. Claro que o aperfeiçoamento do credito, instalações de lojas de departamento, uma maior cobrança por parte do fisco e a venda de roupas industrializadas, vindas de outras partes do país, fizeram cair às vendas, o desaparecimento da grande maioria dessa bancas de roupas e tecidos nas feiras. A venda de tecidos sofreu uma grande diminuição nas vendas até mesmo nas lojas especializadas.

Ficou somente a venda de roupas com preços populares, em bancas de pequeno porte. A venda de roupas nas feiras não chegou a extinção devido ao surgimento das roupas sem etiquetas vindas de Pernambuco. Pouco tempo depois surgiu o que pejorativamente se chama Feira das Sulancas, que na realidade são em grande maioria roupas vendidas sem etiquetas e que de vez em quando estão criando problemas com o fisco.

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