terça-feira, 22 de novembro de 2016

CENTENÁRIO DE EUCLIDES PAES MENDONÇA (parte final)


Antonio Samarone de Santana.

Na verdade, as profundas mudanças econômicas que estavam ocorrendo em Itabaiana, conforme apontamos nos dois artigos anteriores, permitiram o nascimento de uma nova liderança, Euclides Paes Mendonça, com um jeito diferente de fazer política, colocando o eleitor como uma mercadoria a ser disputada. Líder de ascensão rápida, quase apoteótica, favorecida pela chegada de Leandro Maciel ao poder Estadual.

CENTENÁRIO DE EUCLIDES PAES MENDONÇA (Parte dois).



Antonio Samarone de Santana

Foi na conjuntura (apontada na parte um do texto), na transição entre o predomínio da atividade agrícola para o crescimento do comércio e do transporte, favorecidos pela chegada da estrade de rodagem, a BR-235, que Itabaiana ganhou um grande impulso de desenvolvimento. Aqueles homens treinados nos pequenos negócios nas feiras do Estado, com o corpo no campo numa produção camponesa e espírito voando para o mercantilismo. Gente simples, sempre poupando, levando vida franciscana, de pequenos gastos, poucos luxos, muito trabalho e muita avareza. O dinheiro era tudo, ganhar, investir e ganhar, o esquema clássico do capitalismo.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

CENTENÁRIO DE EUCLIDES PAES MENDONÇA (parte um)


Antonio Samarone de Santana.



Euclides Paes Mendonça
A luta política em Itabaiana entre 1945 e 1964, tinha como pano de fundo uma guerra comercial pelo domínio do mercado Regional. A cidade voltada para a agricultura de subsistência e o pequeno comércio, com a chegada da BR-235 (1953), teve um surto de crescimento. O abastecimento das feiras municipais, sobretudo Aracaju, dependia do transporte no lombo de burros e saveiros; com a BR chega, o caminhão elevou a escala da economia. Os tropeiros viram caminhoneiros; e o pequeno feirante se fortaleceu. A base econômica de Itabaiana, Comércio e transporte, têm a sua origem com a chegada da BR-235.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Recordando Ivan Andrade.



Para os que sentem saudades e não lembram da voz de Ivan Andrade, disponibilizo aqui neste link seu CD
 clique --> https://we.tl/Q8tfPttWWw

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

A Feira de Itabaiana XIV - A Feira das miudezas

Hoje não existe essa feira e a grande maioria das pessoas sequer sabe o que significa. O próprio nome já diz do que se trata, que é a venda de produtos miúdos e não existia especificamente um produto e sim uma variedade de produtos. Nesta feira se vendia produtos de perfumaria, de beleza, de costura, pequenas roupas e até alguns produtos utilizados nas cozinhas.

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Banca de camelô muito semelhante as de miudeza que existiam na Feira de Itabaiana
Com o passar do tempo essa feira foi sumindo devido o surgimento de lojas especializadas em vendas destes produtos e como exemplo podemos citar o surgimentos de Lojas de Cosméticos (vendem produtos de beleza e perfumaria) que passaram a oferecer uma maior e melhor variedade.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

A Feira de Itabaiana XIII - A Feira das roupas e dos tecidos

Eram duas filas de bancas dentro da feira, mas verdadeiras lojas equipadas com balcões, algumas tinham prateleiras na parte dos fundos (algumas tinhas ao lado) iguais as que existiam nas lojas (ainda existem em algumas lojas). As roupas e os tecidos eram de boa qualidade e na grande maioria vindas de fábricas do sudeste do país.

A grande maioria da bancas vendia roupas masculinas que eram dobradas, separadas por números e acondicionadas nas estantes e igualmente arrumadas nas estantes eram as peças de panos (rolos de panos). Muitas vezes ouvi as pessoas perguntarem pelo preço do tergal. As peças de roupas eram vendidas no metro e eram utilizadas trenas métricas (na maioria das vezes madeira) e, como não poderia deixar de ser, sempre exista a figura da tesoura.

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As bancas de venda de roupas (calças e camisas) e tecidos tinhas a arrumação e instantes iguas a da fotografia.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A Feira de Itabaiana XII - A Feira dos cereais

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Concha era o equipamento usado par
encher os sacos as embalagens com
cereais
Embora existisse a Feira das Farinhas, existia o que chamávamos de Feira dos Cereais. Na realidade um grupo de bancas que variava entre cinco ou seis bancas. Deixar claro que o número de bancas em qualquer feira varia de acordo com a época do ano.

O que me deixava impressionado era a qualidade dessas bancas que pareciam verdadeiras mercearias montadas e desmontadas para venda somente no dia da feira. As bancas eram compostas de três bancas com mais ou menos 30 centímetros de altura, onde eram colocados sacos, em sua maioria, com noventa quilos e cobertura forrada com lona de caminhão. Uma banca maior era colocada a frente, uma menor do lado direito, outra do lado esquerdo e pelos fundos o local de entrada e saída dos vendedores (geralmente só trabalhavam os proprietários juntamente com a família). Mediam aproximadamente quatro metros de largura por quatro metros de comprimento e de altura variável.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

OS GATUNOS!

O gato também é uma máscara!
Aos dez anos de idade, eu morava em uma casa de esquina, mas precisamente na rua Dr. Hunaldo Cardoso (na placa de identificação lia-se Praça) com Rua Padre Felismino.A confusão era provavelmente devido a Rua ter casa somente em um lado da rua e o mais interessante é que na extensão onde tinha casa dos dois lados, da rua, o nome era Rua das Flores.

Da Rua das Flores até a esquina onde eu morava, existiam residências nas partes dos fundos e no restante da rua, as casa tinhas sítios nas partes dos fundos. Ruas que possuem sítios ou terrenos baldios nas parte dos fundos e terrenos baldios no outro lado da rua (se dizia que eram praças) são um convite aos gatunos fazerem visitas em horários noturnos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

ROBÉRIO ABRE CANAL NO YOUTUBE SOBRE CULTURA


Um novo conceito de transmissão de vídeos vem sendo extremamente divulgado nas redes sociais. Programas com dias certos para serem exibidos, parcerias e produção está cada vez mais comum. Pensando nisso, Robério Santos abriu no dia 2 de setembro de 2016 o canal “Verdade ou Mentira?”, onde agrega ciência, religião e cultura num espaço só. Com produção própria e sem apoio financeiro, Robério exibe um programa por semana, todas as sextas-feiras. O primeiro a ser trabalhado foi a história do famoso brinquedo de circo, a MONGA, onde ele trabalha o lado científico e histórico. Para encontrar o canal, basta procurar por JULIA MONGA, pois trata a história original desta atração. O canal tem como meta exibir 52 programas ao ano com temas diversos


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domingo, 11 de setembro de 2016

O voto de cabresto dos cebolas

Quando passei no vestibular e fui estudar na Universidade (UFS), década de 80 do século XX) entrei em contato com diversos colegas que viviam em várias cidades. Era comuns essas pessoas tocarem no assunto política e a cidade preferencial, para este assunto, era justamente a política de Itabaiana.

Uma das coisas que mais se comentava era como se mantinha os chamados currais eleitorais e a que sempre me chamou a atenção é que grande parte desses novos colegas sempre me perguntavam qual o líder político foi o meu padrinho de batismo. Eu achava a pergunta estranha, já que os meus padrinhos de batismo não eram políticos, mas depois de perguntar a vários desses colegas que estudavam na universidade descobri que muitos realmente eram batizados pelo líder politico por ocasião do nascimento dos mesmos!.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A Feira de Itabaiana XI - As pequenas feiras

As pequenas feiras eram na realidade venda de produtos que surgiam e sumiam com o período das safras. Entre os produtos que mais se destacavam eram: o milho, banana e jaca.

O milho aparecia (sempre aparece) no período das festas juninas e a maioria dos vendedores se concentrava no final da pedra do Largo José do Prado franco e início da Avenida Otoniel Dória. Eram vendidos jogados no chão por cima de lonas e no final do dia ficava a pedra da feira e as ruas próximas sujas de palhas.

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O milho sempre aparece no período das festas juninas e são geralmente
 vendidos no chão. No final ds vendas deixam as palhas espalhadas pelas
 redondezas.
As bananas eram vendidas em quase toda a feira, mas a grande concentração em número e espécies era na pedra do Largo José do Prado Franco, se colocando logo depois da Feira dos Fato, ficando bem em frente a Câmara Municipal dos Vereadores.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A Feira de Itabaiana X - A Feira das trocas

A mais antiga de todas as feiras e que deu origem as feiras atuais. Quando ainda não existia a moeda, como padrão de troca de produtos ou serviços, as pessoas iam para as feiras para trocarem os produtos. É claro que a quantidade de produtos diferentes e com valores diferentes dificultavam a trocas entre eles. Mas, a simplicidade do consumo nas primeiras sociedades também facilitava a troca e com a exigência de uma sociedade mais organizada foi que aparecem as moedas como padrão de trocas.
Feira das trocas que atualmente é realizada em frente ao Estádio Eltevino Mendonça.
Foto conseguida na Itnet.
Essa feira é a ovelha negra das feiras apesar de ser a mãe de todas as feiras. Em Itabaiana essa feira é a mais itinerante de todas. A primeira feira das trocas, em Itabaiana, que tenho notícias ficava bem no finalzinho do largo José do Prado Franco, depois foi expulsa para uma parte já aterrada do Tanque do Povo, bem ao fundo da Quadra do Glai (onde fica a parte dos fundos do atual mercadão), logo depois essa feira foi se instalar em frente ao Estádio Presidente Médici (hoje Estádio Eltevino Mendonça) e a última vez que estive nessa Feria foi na praça ao lado do Colégio Airton Teles. Hoje a feira se localiza, mais uma vez, em frente ao Estádio Presidente Médici (atual Estádio Eltevino Mendonça)

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

A Feira de Itabaiana IX - A Feira das panelas


Diversos produtos artesanais feitos de barros
Os produtos vendidos nesta feira certamente são uns dos primeiros a criar motivo para o surgimento das feiras. É uma espécie de irmão rejeitado pelas demais feiras e por isso fica a ideia de uma feira itinerante dentro da feira. Primeiramente esta feira ficava na pedra do Largo Santo Antônio, depois foi transferida para a pedra principal do Largo José do Prado Franco, para depois ser transferida para a pedra (no mesmo largo José do Prado Franco) em frente ao vapor de Seu João e finalmente está até hoje ocupando espaço em via pública na Av. Otoniel Dória.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

A Feira de Itabaiana VIII - A Feira das carnes


O Mercado como era antigamente

O mercado como é hoje
Um fato interessante é que para a população de Itabaiana não existia a Feira das Carnes. Todo mundo saia de casa para fazer feira e passar no mercado para comprar carne! Nunca ouvi alguém falar que ia para Feira da Carne! Os miúdos dos boi e dos porcos eram vendidos no Largo José do Prado Franco (Feira dos Fato), mas as carnes de boi e porco eram vendidas totalmente nos dois mercados. Outro fato interessante é que os mercados eram registrados como Mercados de Talho e nunca ouvi alguém mencionar o mercado com esse nome.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

A Feira de Itabaiana VII - A Feira dos “Fato”

Nesta feira eram vendidos, em grande maioria, os miúdos do boi e do porco (também conhecidos como bofe), tais como: tripa, fígado, rins, bucho, língua, rabada, mocotó, etc. 

As pessoas costumavam tirar gozação com quem consumia os produtos vendidos nesta feira, alegando que eram produtos de segunda qualidade e eram somente para pessoas de baixa renda. É bom lembrar que embora fosse a Feira dos Fato, nela se vendia charque (jabá), linguiça, caranguejo (quando aparecia), tinha duas bancas de peixes onde se podia comprar pilombeta, sardinha e cumatá (eram os mais vendidos). Todos esses produtos eram considerados produtos de consumo para pessoas pobres e atualmente, por ironia, são considerados produtos de primeira qualidade, consumidos por pessoas de classe média e nem sempre tão acessíveis as pessoas mais humildes.

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Jabá
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Mocotó
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Miúdos para sarapatel
A feira carecia de higiene e eram vendidos em bancas feitas de madeira no largo José do Prado Franco, em frente ao Mercado da Carne, por um lado

terça-feira, 2 de agosto de 2016

A Feira de Itabaiana VI - A Feira dos Sapatos

Ocupava parte do Beco dos Cocos e uma parte ficava dentro do Mercado das Carnes, entre a feira das farinhas e a de venda de carnes. O interessante é que nessa época existia uma banca dentro do mercado que vendia jóias e ficava bem no meio das bancas de vendas de calçados!
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Os sapatos e sandálias que eram vendidos nestas bancas eram de fabricação local das fabriquetas de fundo de quintal existentes na cidade. Entre os principais

segunda-feira, 25 de julho de 2016

A Feira de Itabaiana V - A Feira dos Jogos

O número de bancas de jogos nesta feira era muito variável de uma feira para outra, mas era composta de uma única fila. Essa feira tinha uma característica muito peculiar: essa sumia, do Largo Santo Antônio, durante o mês de dezembro e aparecia na chamada Feiras de Natal (com um maior número de bancas e tipos de jogos), acompanhadas com os brinquedos peculiares a esta feira que na realidade é uma festa religiosa, apesar da grande quantidade de jogos de azar.

Os tipos de jogos mais praticados eram Pio, Roleta e Bingo. Existam outros tipos de jogos, mas os três citados eram os que sempre apareciam nas feiras e eram sempre as mais procurados.

Jogos de Pio (de Dados)


Eram basicamente de dois tipos. Um que se jogava dois pios rolando (se dizia bater o pio) em uma mesa feita, especialmente para esse jogo, e quem conseguia o maior número somando os dois pios era o vencedor (existiam variações mas esse tipo era o mais comum). O outro era uma mesa com seis números desenhados (de um a seis) e o banqueiro tinha uma caneca de couro, com cinco pios que era balançada e postada na mesa com a boca virada para baixo, era retirada a caneca, os pios as amostra com mais de um naipe eram pagos aos jogadores que apostavam nos número (eram colocadas fichas nos número), as fichas eram pagas com outras fichas pela quantidade de naipes daquele

terça-feira, 19 de julho de 2016

A Feira de Itabaiana IV : A Feira dos Manuês

Essa feira tinha esse nome por ser o único local onde se vendia Manuês , mas se vendia de tudo relacionando ao bom café da manhã com iguarias nordestinas, tais como: cuscuz, macaxeira, inhame com carne de sol, pé-de-moleque, beijus, etc.

Era nessa feita onde a grande maioria dos vendedores, de outras mercadorias, costumava comprar o café da manhã. Tinha a vantagem de ser um serviço personalizado, de pronta entrega para os clientes costumas e era comum o café da manhã ser levado até a banca do vendedor cliente.

Não existia as atuais formas de bolo redonda de alumínio com o bico no meio. As formas eram latas de goiabadas ou bananadas reaproveitadas.

Embora manuês tenha um sentido dicionarizado de significar Bolo de Milho ou Bolo de Mandioca, as pessoas sempre diziam que iam comprar manuês de

sábado, 9 de julho de 2016

A Feira de Itabaiana III - A Feira das Verduras

Final de feira no meio da semana (uma quarta-feira). Década de 70 do século XX.
 Foto conseguida no grupo Facebook Itabaiana Grande
Ficava em frente ao Supermercado GBarbosa, era a feira mais movimentada de todas, consequentemente a mais banguçada, mais suja e muito mais suja nos dias de chuva! Vez em quando os fiscais eram chamados para realinhar as filas das bancas devido o excesso de puxadinhos. Era comum usar caixotes de

quarta-feira, 29 de junho de 2016

A Feira de Itabaiana II - A feira das farinhas

A farinha era vendida em sacos semelhantes aos da foto acima.
A Feira das Farinhas eram duas! Um ficava dentro do mercado e a outra ficava na Pedra da Feira (Largo Santo Antônio), bem em frente onde ficava o Banco do Estado de Sergipe e essa não era tão somente Feira das Farinhas. Vendia-se inhame,

segunda-feira, 27 de junho de 2016

O CONTO DO RELÓGIO DA IGREJA

Vladimir Souza Carvalho /// Membro das Academias Sergipana e Itabaianense de Letras. O Correio de Sergipe do dia 17 de maio de 2014 publicou:

Foto de Antônio Francisco de Jesus
Rifa não faltava. Rifava-se tudo, até dinheiro. Uma vez, papai se viu compelido a comprar um bilhete. Ganhou. Uma camisa, de manga comprida, um vermelho leve com tiras pretas, mais ou menos como se fosse de festejos juninos. Fiquei com a camisa, que beleza, uma a mais que vesti pra chuchu, nos dias de sábado e domingo, à noite, para ir a praça ou ao cinema. Rifa era o que aparecia, à noite, no bar Brasília, o rifador com o papel, colhendo assinaturas e recebendo o pagamento, rifas sérias, que corriam assim que todos os números fossem vendidos, o resultado sendo comunicado aos que bilhete adquiriam.

O maior rifador daqueles tempos foi Juvino Preto, ou Aruvim, como era chamado, morador de casa vizinha a de Zé Gordinho, na rua da Vitória. De charuto na boca, camisas de manga comprida, organizava o que se chamava, à época, de balaio, e saia numa carroça, para todo mundo vê-lo, adquirindo, assim, o bilhete. Tinha a confiança de

terça-feira, 14 de junho de 2016

A Feira de Itabaiana I : A feira das feiras

Vendíamos na feira de Itabaiana todas as quartas-feiras e sábados, na Feira de Areia Branca aos domingos e na Feira de Carira todas as segundas-feiras. No meu caso essa rotina perdurou até os 29 anos de idades e no caso da minha mãe até a aposentadoria. Mas vou falar especificamente sobre a feiras de Itabaiana que era a maior e mais movimentada de todas. As outras feiras, além de serem menores, tinham uma grande parte dos vendedores provenientes da Feira de Itabaiana (que era o meu caso).

A feira de Itabaiana era dividida de duas maneiras: uma divisão era feita pela extensão e a outra era feita pelos produtos vendidos. 

A divisão por extensão (tamanho) era pelo lugares ocupados, que eram: O Largo Santo Antônio (era chamado Pedra da Feira), Largo José do Prado Franco (não sei por que ninguém chama de Pedra da Feira) e dois mercados de carne. O mercado maior ficava

segunda-feira, 6 de junho de 2016

O Sanitário Público e os vereadores

Embora tenha nascido na Cidade de Itabaiana e residido até os vinte cinco anos, não conhecia alguns aspectos e existência de algumas coisas na cidade. Era comum não ensinarem e informarem a história (até mesmo nas escolas) da própria cidades aos moradores!!!

Desde criança acompanhava os meus pais para as feiras e nas feiras normais vendíamos miudeza (Largo Santo Antônio) e, nos dias do mês das festas juninas, vendíamos fogos de artifícios nesta feira, só que em local diferente. 

A primeira vez que acompanhei meus pais na venda de fogos de artifício, o local de venda era em frente a antiga casa de força (no Largo José do Prado Franco). O impressionante é que eu não sabia que o prédio tinha sido uma casa de força e

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Deixa o Memera trabalhar!

Quando morava próximo ao Beco Novo (Rua Coronel Sebrão) em Itabaiana costumava sempre ir aos treinos da Associação Olímpica de Itabaiana. 

Nesta época morava em uma casa que tinha como vizinho o Goleiro Mirobaldo (eu o chamava de baiano) e ironicamente ele jogava no Time do Confiança, que é da Capital (Aracaju-SE). Nesta mesma época o Itabaiana tinha um goleiro, de nome Carlos Memera, que era da Aracaju!.
Em destaque, os goleiros Memera (lado esquerdo) e Marcelo.
Campeões sergipanos, em 1978.
Foto conseguida no Grupo Itabaiana Grande (Facebook)
Hoje o Carlos Memera é aposentado como professor de Educação Física, mas antes de se aposentar nós ficamos amigos e justamente relembrando os velhos tempos que ele era jogador do Tremendão da Serra. Embora o Memera tivesse

quarta-feira, 13 de abril de 2016

A FEIRA DE ANTES

Por Robério Santos


Hoje 13 de abril de 2016 saí de minha casa em direção à famosa Feira de Itabaiana, recém escolhida como uma das sete maravilhas culturais de nossa cidade. Tudo acontece na feira, inclusive nada. Um emaranhado de sons e cheiros, pessoas conhecidas e desconhecidas. Comida, tudo de interessante. Mas, sentado tomando café no restaurante de Dona Neusa, no meio da feira, comecei a viajar no tempo e tentei lembrar de alguns fatos curiosos que povoavam a feira de antes, que hoje estão extintos ou aparecem de década em década.

Minha primeira lembrança da Feira de Itabaiana remonta à década de 80, quando vim com meu pai desde Nossa Senhora Aparecida e vimos um homem com algumas malas no chão e vendendo uma pomada que ele gritava “Óleo de castanha Atalaia”. Mas, nas malas o que tinham? Sim amigos, dezenas de cobras de todas as cores. Ele abria a mala maior que

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Mata Escura (1821-1847), um célebre itabaianense

Nascia em 1821, um dos mais emblemáticos personagens da História de Itabaiana. Não foi político, nem intelectual, nem tem seu nome em logradouro algum, mas tornou-se notável. Seu nome era Antonio José Dias, vulgo Mata Escura, moço pardo, assassino e ladrão profissional. Foi esse itabaianense, até onde sabemos, o primeiro sergipano não-escravo a ser executado depois de sofrer condenação à pena de morte.

Muito cedo abandonou o lar a fim de seguir a lendária carreira criminosa. Aos 17 anos, é contratado para assassinar o delegado Luiz Gonzaga de Medeiros Costa, porém acabou matando Tertuliano, filho de Luiz Gonzaga de apenas quatro anos. No ano seguinte, entrou para a quadrilha de salteadores e assassinos das matas de Itabaiana e Santa Rosa. Esta organização criminosa durante a primeira metade do século XIX tirou o sono das autoridades

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Os cebolas, as lendas e os mitos VIII

A lenda dos raios e das pedras arredondadas


Um das coisas que mais chama atenção das pessoas são os raios e trovões, por ocorrências das chamadas trovoadas. Todo verão era comum a ocorrência dessas trovoadas e também dos famosos raios e relâmpagos.

As pessoas eram instruídas que deveriam tomar certos cuidados quando da ocorrência dessas trovoadas e uma delas era evitar portar objetos metálicos, que os objetos metálicos atraem esses raios e a descarga elétrica produzida são destruidoras e mortais. Só que a grande maioria das pessoas não levava muito a sério essas orientações, pois não é comum, aqui na região, a ocorrências de raios destruindo alguma coisa e a morte por um deles é mais raro ainda.

Um acidente fatal

Quando o Tremendão da Serra (Associação Olímpica de Itabaiana) ainda jogava no antigo Estádio Etelvino Mendonça, no Beco Novo, por ocasião de um jogo em um dia de domingo, ocorreu um desses acidentes trágicos. Um rapaz sentando no muro do terreno (ficava ao lado da residência), muito próximo ao campo, estava chupando cana e para descascar usava uma faca peixeira. Tarde nublada, um calor forte, muitas pessoas (torcedores) passando para

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Os cebolas e os passeios de caminhão

Modelo de caminhão que
era frequentemente usado
No final da década de 70 e início da década de 80 (século XX) surgiu a moda de se ir a praia de caminhão (não confundir com transporte pau-de-arara). Nesta mesma época era comum a torcida do Tricolor da Serra (Associação Olímpica de Itabaiana) ir aos jogos na capital (Aracaju - SE) utilizando as carretas (Scanias) da Transportadora Sergipana. Durante muito tempo presenciei e participei dessas viagens as praias e também os jogos do tricolor.

Neta época, as Polícias Rodoviárias Federal e Estadual toleravam o transporte de pessoas nas carrocerias dos caminhões, contanto que as pessoas permanecessem sentadas durante a viagem. Durante o percurso as pessoas realmente permaneciam sentadas, mas quando adrentavam em áreas urbanas as pessoas, que vinham sentadas próximos as carrocerias, costumavam ficar em pé e segurando na parte alta que fica logo atrás da cabine (boleia).


A primeira viagem


A primeira dessas viagens que fiz foi para a praia do Abais (Estância- SE). Combinei com os colegas do CEMB (Colégio Estadual Murilo Braga) e no domingo há sete horas estava em frente ao Colégio Guilhermino Bezerra. Nesta época, a estrada que ligava a BR-101 a praia de Abais era de “barro batido”. Ainda hoje existe uma ponte no chamado Rio Fundo, só que naquela época a ponte era de madeira! Na viagem de ida os carros passaram